terça-feira, 10 de outubro de 2017

Fotos de 1800 até a década de 1920-Parte 1


QUESTÃO: POR QUE ITAIÓPOLIS TEVE O NOME "LUCENA"?

Foto e texto enviados por Germano Woehl Júnior, com a legenda: “Casa de Colonos, em Lucena, Santa Catarina”. Certamente se refere a Itaiópolis porque, ao meu conhecimento, não existe outro lugar ou município no planalto do Estado que tinha este nome. A foto foi tirada em 1858, pelo médico alemão Robert Avé-Lallemant, que trabalhava no Rio de Janeiro, e está em seu livro conforme citação: Coleções de Obras Raras do Ministério da Educação e Cultura IV - Viagens pelo Sul do Brasil no ano de 1858. Robert Avé-Lallemant. Tradução do Instituto Nacional do Livro da edição original de 1859, “Reise durch Süd-Brasilien im Jahre”, 1858. Leipzig (Alemanha), 1859. A foto foi extraída da página 155 do livro (cf. Germano Woehl Jr.) Essa foto traz uma questão interessante, levantada por Germano Woehl Júnior. Como tem se defendido que Lucena leva esse nome devido ao Barão de Lucena (Henrique Pereira de Lucena), observa-se que a foto é de 1858, ano em que o Barão tinha apenas 22 anos e estava se formando em direito, portanto ainda não teria vida política ativa para inspirar seu nome em alguma cidade. Se, em 1858, já se referiam à Colônia com o nome Lucena, é provável que o motivo seria outro, e não o nome do político em questão, que mal começara sua carreira. Alguém tem opinião sobre isso?
Uma foto rara tirada provavelmente entre 1860 e 1890, que mostra uma missa sendo rezada em um dos navios que traziam os imigrantes da Europa para o Brasil. Esta foto possivelmente estava em poder de algum emigrante de Itaiópolis que nele viajou. A mesma foto se encontra no livro Colônia Lucena – Itaiópolis – Crônica dos imigrantes poloneses, referenciada como o navio de imigrantes “Dar Pomorza”, com uma celebração religiosa a bordo, na década de 1920, e naquele caso a foto foi gentilmente cedida por Evaldo Andrzejewski. (Foto cedida por Raquel Schultz/ Evaldo Andrzejewski - Restauração e texto de Luiz Rubens Karasinski, acervo Jornal Eldorado/ Clube 16 de Abril; informações in RODYCZ, Wilson Carlos. Os Imigrantes poloneses da Colônia Lucena – Itaiópolis. Porto Alegre: Rodycz & Ordakowski, 2011; RODYCZ, Wilson Carlos. Colônia Lucena – Itaiópolis – Crônica dos imigrantes poloneses. Florianópolis, Itaiópolis: Braspol, 2002). Histórico: A vinda de imigrantes para o Brasil, ressalvada a presença dos portugueses – colonizadores do País – delineia-se a partir da abertura dos portos às “nações amigas” (1808) e da independência do País (1822). À margem dos deslocamentos populacionais voluntários, cabe lembrar que milhões de negros foram obrigados a cruzar o oceano Atlântico, ao longo dos séculos XVI a XIX, com destino ao Brasil, constituindo a mão-de-obra escrava. Os monarcas brasileiros trataram de atrair imigrantes para a região sul do País, oferecendo-lhes lotes de terra para que se estabelecessem como pequenos proprietários agrícolas. Depois que grandes fazendeiros de café contratam estrangeiros para trabalhar em suas terras, os governos provinciais da região seguem o exemplo da iniciativa privada e desenvolvem programas de incentivo à vinda de trabalhadores de outros países, levando o Império a formular uma política oficial de imigração. Representantes do imperador brasileiro atuam em companhias internacionais de colonização sediadas em diversas cidades européias. As primeiras experiências na substituição da força de trabalho escrava por imigrantes europeus começam a partir de 1819 com a instalação de colonos suíços na região de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. O movimento imigratório se intensifica na segunda metade do século XIX com a expansão cafeeira na Região Sudeste do país e a escassez de escravos provocada pela abolição do tráfico em 1850. Vieram primeiro os alemães e, a partir de 1870, os italianos, duas etnias que se tornaram majoritárias nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entretanto, a grande leva imigratória começou em meados de 1880, com o objetivo era trazer trabalhadores aptos a substituir os escravos na agricultura e a executar tarefas necessárias à industrialização e ao desenvolvimento econômico. O movimento cresce a partir das décadas de 1870 e 1880 e se estende até meados do século XX. A onda imigratória iniciada no século XIX traz para o país cerca de 4 milhões de trabalhadores. A maioria vem da Europa, mas também é significativa a vinda de japoneses. Os europeus trazem para o país as idéias anarquistas e socialistas, que são importantes para a organização e o desenvolvimento do movimento operário brasileiro. Na região sul, o governo incentiva a imigração estrangeira com o objetivo não tanto de substituir a mão-de-obra escrava, mas de povoar áreas de densidade demográfica muito baixa. Até a proclamação da República (1889), mais de 1,5 milhão de imigrantes portugueses, espanhóis, italianos, alemães e eslavos, entre outros, chegam ao Brasil. A maioria vai para as plantações de café do Sudeste, mas muitos se dirigem às colônias do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, onde se desenvolve uma colonização baseada na pequena propriedade agrícola. Muitos ficam nos núcleos urbanos, como operários ou artesãos autônomos. O recenseamento de 1900 registra 1,2 milhão de estrangeiros no Brasil. (Fonte: https://centraldefavoritos.wordpress.com/2014/04/14/politicas-de-colonizacao-migracao-imigracao-e-emigracao-no-brasil-nos-seculos-xix-e-xx/)

A pintura apresenta uma cena de imigrantes alemães desembarcando na cidade de Itajaí em 1885. A imigração alemã em Santa Catarina iniciou em 1829, quando 523 alemães oriundos de Bremen fundaram a colônia São Pedro de Alcântara. A vinda de alemães para o Brasil foi incentivada pelo Imperador Dom Pedro I (veio para o Brasil em 1808), que pretendia povoar o Brasil meridional a fim de promover o crescimento econômico da região. Diversas outras colônias alemãs foram criadas no estado. As de maior êxito foram as colônias de Blumenau, em 1850, e de Joinville em 1851. Estas duas colônias foram as responsáveis pelo sucesso da colonização alemã no estado. A imigração alemã caracterizou o sul do Brasil com seus costumes e cultura. No extremo norte catarinense, a partir do Paraná (na época ainda fazendo parte da Província de São Paulo, até 1853), os primeiros alemães entraram pelo Rio Negro, em janeiro de 1829. A região era então considerada paranaense em ambas as margens do rio. Em ambas as margens do Rio Negro foram estabelecidos naquele início de 1829 mais de cem imigrantes, que compunham 29 famílias. Em conseqüência do acordo de limites de 1917, veio a margem catarinense a denominar-se Mafra, onde também se situava a primeira capela que serviu à população de ambas as margens do rio. No município de Itaiópolis, que fizera parte de Rio Negro e que a partir dessa época passou a pertencer ao Estado de Santa Catarina, a penetração de alemães se fez sentir em sua cultura e tradições, que foram preservadas. Fonte: http://www.imigracaoalemasc.com.br/conteudo.php?&sys=1&id=1151)


A fotografia apresenta o Monge João Maria D’Agostini, de meados do século XIX, e que seria o primeiro Monge João Maria (Foto localizada emhttp://daquinarede.com.br/2012/05/joao-maria-o-monge-do-arvoredo/). Esse, mais o Monge João Maria de Jesus, que seria o segundo monge, cujo nome verdadeiro era Atanás Marcaf, e que viveu no fim do século XIX, e mais o Monge José Maria, o terceiro monge, cujo nome verdadeiro seria Miguel Lucena de Boaventura, e que estava envolvido com a Guerra do Contestado, ficaram conhecidos como João Maria. Os três monges passaram pela região sul do Brasil no final do século XIX e primeira metade do século XX. Tinham o caráter de curandeirismo ou de messianismo. Apesar de serem três, o povo, por meio de lendas e folclore, uniu-os em um, que ficou conhecido como São João Maria, considerado na época o “monge dos excluídos”. Estão historicamente unidos de tal forma que muitas vezes é difícil separar seus feitos e suas vidas. Tinham em comum o fato de viver em épocas de grandes mudanças sociais, quando a assistência médica e a educação tinham pouca penetração no interior do país, e o aconselhamento embasado na religião, a cura por ervas, água e milagres eram os únicos recursos acessíveis da população carente e pouco assistida. Os humildes encontraram neles apoio para enfrentar a penúria e a desesperança.
O primeiro deles foi o monge Giovanni "João" Maria D'Agostini, chamado também “Monge do Arvoredo”, imigrante italiano que residiu em Sorocaba (São Paulo), mudando-se em seguida para o Rio Grande do Sul, onde viveu entre os anos de 1844 e 1848 nas cidades de Candelária, no morro do Botucaraí, e Santa Maria, no Campestre. Introduziu nessa região o culto a Santo Antão, que é considerado o “pai de todos os monges”, cuja festa continua até os dias atuais, comemorada em 17 de janeiro. A região do Campestre passou a ser chamada, desde então, de Campestre de Santo Antão. Sua prisão foi decretada em 1848, pelo General Francisco José d’Andréa (Barão de Caçapava), mediante o temor de levantes e concentrações populares que começavam a ser comuns naquela região, ficando o monge proibido de voltar ao Rio Grande do Sul. Refugiou-se na Ilha do Arvoredo (SC), depois em Lapa (PR), na serra do Monge, e em Lages (SC), desaparecendo misteriosamente em seguida. Sua figura é toda descrita pelo relato popular. Os historiadores defendem que esse monge João Maria morreu em Sorocaba, em 1870. No entanto, informações presentes em dois livros publicados recentemente apresentam o roteiro de João Maria de Agostini após deixar o Brasil em 1852: depois de viajar pela Argentina, Chile, Bolívia, Peru, México e Canadá (amalgamando vida eremítica com missão religiosa), ele percorreu o meio-oeste americano até se instalar no estado do Novo México, aonde foi assassinado em abril de 1869. Seu corpo está enterrado na cidade de Mesilla, fronteira com o México.
O segundo monge foi João Maria de Jesus, que surgiu também misteriosamente, no Paraná e Santa Catarina, tendo vivido entre os anos de 1886 e 1908, havendo, na ocasião, uma identificação com o primeiro, de quem utilizava os mesmos métodos, com curas por ervas, conselhos e água de fontes. Acredita-se que seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf. Em 1897, diria: "Eu nasci no mar, criei-me em Buenos Aires e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, sem pousar na casa de outros. Vi-o claramente". Há controvérsias sobre seu desaparecimento, segundo alguns historiadores, ocorrido por volta de 1900, e segundo outros por volta de 1907 ou 1908. A semelhança entre os dois primeiros monges é tão grande que o povo os considerava um só. Num dos seus retratos da época há a legenda “João Maria de Jesus, profeta com 188 anos”.
O terceiro monge foi José Maria, que surgiu em 1911 no município de Campos Novos (SC), e foi, segundo alguns historiadores, um ex-militar. De acordo com um laudo da polícia de Vila de Palmas, no Paraná, seu verdadeiro nome era Miguel Lucena de Boaventura, um soldado desertor condenado por estupro. Dizia ser irmão do primeiro monge e adotou o nome de José Maria de Santo Agostinho. Utilizava, também, os mesmos métodos de cura dos anteriores, mas, ao contrário do isolamento, organizava agrupamentos, fundando os “Quadros Santos”, acampamentos com vida própria, e os “Pares de França”, uma guarda especial formada por 24 homens que o acompanhavam. A região onde atuava era palco de disputas por limites e, sob a alegação de que o monge queria a volta da monarquia, foi pedida a intervenção do Governo Estadual de Santa Catarina, o que foi entendido como uma afronta pelo Governo do Paraná, que enviou uma força militar para a região. A força militar chefiada pelo coronel João Gualberto Gomes de Sá invadiu o “Quadro Santo” de Irani (SC), quando morreram em combate o monge José Maria e o coronel, o que determinou o fim do ciclo dos monges e a eclosão franca da Guerra do Contestado. (Informações wikipedia)


A fotografia apresenta o Monge João Maria de Jesus, que seria o o segundo monge João Maria, cujo nome verdadeiro era Atanás Marcaf, e que viveu no fim do século XIX (Foto localizada emhttps://contestadowar.wordpress.com/). Juntamente com o Monge João Maria D’Agostini, de meados do século XIX, e que seria o primeiro Monge João Maria, e o Monge José Maria, que seria o terceiro monge, e cujo nome verdadeiro seria Miguel Lucena de Boaventura, e que estava envolvido com a Guerra do Contestado, formam os três monges conhecidos como João Maria,
que passaram pela região sul do Brasil no final do século XIX e primeira metade do século XX. Tinham o caráter de curandeirismo ou de messianismo. Apesar de serem três, o povo, por meio de lendas e folclore, uniu-os em um, que ficou conhecido como São João Maria, considerado na época o “monge dos excluídos”. Estão historicamente unidos de tal forma que muitas vezes é difícil separar seus feitos e suas vidas. Tinham em comum o fato de viver em épocas de grandes mudanças sociais, quando a assistência médica e a educação tinham pouca penetração no interior do país, e o aconselhamento embasado na religião, a cura por ervas, água e milagres eram os únicos recursos acessíveis da população carente e pouco assistida. Os humildes encontraram neles apoio para enfrentar a penúria e a desesperança.
O primeiro deles foi o monge Giovanni "João" Maria D'Agostini, chamado também “Monge do Arvoredo”, imigrante italiano que residiu em Sorocaba (São Paulo), mudando-se em seguida para o Rio Grande do Sul, onde viveu entre os anos de 1844 e 1848 nas cidades de Candelária, no morro do Botucaraí, e Santa Maria, no Campestre. Introduziu nessa região o culto a Santo Antão, que é considerado o “pai de todos os monges”, cuja festa continua até os dias atuais, comemorada em 17 de janeiro. A região do Campestre passou a ser chamada, desde então, de Campestre de Santo Antão. Sua prisão foi decretada em 1848, pelo General Francisco José d’Andréa (Barão de Caçapava), mediante o temor de levantes e concentrações populares que começavam a ser comuns naquela região, ficando o monge proibido de voltar ao Rio Grande do Sul. Refugiou-se na Ilha do Arvoredo (SC), depois em Lapa (PR), na serra do Monge, e em Lages (SC), desaparecendo misteriosamente em seguida. Sua figura é toda descrita pelo relato popular. Os historiadores defendem que esse monge João Maria morreu em Sorocaba, em 1870. No entanto, informações presentes em dois livros publicados recentemente apresentam o roteiro de João Maria de Agostini após deixar o Brasil em 1852: depois de viajar pela Argentina, Chile, Bolívia, Peru, México e Canadá (amalgamando vida eremítica com missão religiosa), ele percorreu o meio-oeste americano até se instalar no estado do Novo México, aonde foi assassinado em abril de 1869. Seu corpo está enterrado na cidade de Mesilla, fronteira com o México.
O segundo monge foi João Maria de Jesus, que surgiu também misteriosamente, no Paraná e Santa Catarina, tendo vivido entre os anos de 1886 e 1908, havendo, na ocasião, uma identificação com o primeiro, de quem utilizava os mesmos métodos, com curas por ervas, conselhos e água de fontes. Acredita-se que seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf. Em 1897, diria: "Eu nasci no mar, criei-me em Buenos Aires e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, sem pousar na casa de outros. Vi-o claramente". Há controvérsias sobre seu desaparecimento, segundo alguns historiadores, ocorrido por volta de 1900, e segundo outros por volta de 1907 ou 1908. A semelhança entre os dois primeiros monges é tão grande que o povo os considerava um só. Num dos seus retratos da época há a legenda “João Maria de Jesus, profeta com 188 anos”.
O terceiro monge foi José Maria, que surgiu em 1911 no município de Campos Novos (SC), e foi, segundo alguns historiadores, um ex-militar. De acordo com um laudo da polícia de Vila de Palmas, no Paraná, seu verdadeiro nome era Miguel Lucena de Boaventura, um soldado desertor condenado por estupro. Dizia ser irmão do primeiro monge e adotou o nome de José Maria de Santo Agostinho. Utilizava, também, os mesmos métodos de cura dos anteriores, mas, ao contrário do isolamento, organizava agrupamentos, fundando os “Quadros Santos”, acampamentos com vida própria, e os “Pares de França”, uma guarda especial formada por 24 homens que o acompanhavam. A região onde atuava era palco de disputas por limites e, sob a alegação de que o monge queria a volta da monarquia, foi pedida a intervenção do Governo Estadual de Santa Catarina, o que foi entendido como uma afronta pelo Governo do Paraná, que enviou uma força militar para a região. A força militar chefiada pelo coronel João Gualberto Gomes de Sá invadiu o “Quadro Santo” de Irani (SC), quando morreram em combate o monge José Maria e o coronel, o que determinou o fim do ciclo dos monges e a eclosão franca da Guerra do Contestado. (Informações wikipedia)



Entendendo a Guerra do Contestado. Foto que apresenta o Monge José Maria e algumas das virgens que o acompanhavam. Apesar de os monges com tal nome nessa região terem sido três, o povo, por meio de lendas e folclore, uniu-os em um, que ficou conhecido como São João Maria, considerado na época o “monge dos excluídos”. Historicamente unidos de tal forma que muitas vezes é difícil separar seus feitos e suas vidas, tiveram em comum o fato de viver em épocas de grandes mudanças sociais, quando a assistência médica e a educação tinham pouca penetração no interior do país, e o aconselhamento embasado na religião, a cura por ervas, água e milagres eram os únicos recursos acessíveis da população carente e pouco assistida. Os humildes encontraram neles apoio para enfrentar a penúria e a desesperança. Histórico dos Três Monges: O primeiro deles, o monge Giovanni "João" Maria D'Agostini, era imigrante italiano e residiu em Sorocaba (São Paulo), mudando-se em seguida para o Rio Grande do Sul, onde viveu entre os anos de 1844 e 1848 nas cidades de Candelária, no morro do Botucaraí, e Santa Maria, no Campestre. Introduziu nessa região o culto a Santo Antão, que é considerado o “pai de todos os monges”, cuja festa continua até os dias atuais, comemorada em 17 de janeiro. A região do Campestre passou a ser chamada, desde então, de Campestre de Santo Antão. Sua prisão foi decretada em 1848, pelo General Francisco José d’Andréa (Barão de Caçapava), mediante o temor de levantes e concentrações populares que começavam a ser comuns naquela região, ficando o monge proibido de voltar ao Rio Grande do Sul. Refugiou-se na Ilha do Arvoredo (SC), depois em Lapa (PR), na serra do Monge, e em Lages (SC), desaparecendo misteriosamente em seguida. Os historiadores defendem que o monge João Maria morreu em Sorocaba, em 1870. No entanto, informações presentes em dois livros publicados recentemente apresentam o roteiro de João Maria de Agostini após deixar o Brasil em 1852: depois de viajar pela Argentina, Chile, Bolívia, Peru, México e Canadá (amalgamando vida eremítica com missão religiosa), ele percorreu o meio-oeste americano até se instalar no estado do Novo México, aonde foi assassinado em abril de 1869. Seu corpo está enterrado na cidade de Mesilla, fronteira com o México. O segundo monge, João Maria de Jesus, surgiu também misteriosamente, no Paraná e Santa Catarina, tendo vivido entre os anos de 1886 e 1908, havendo, na ocasião, uma identificação com o primeiro, de quem utilizava os mesmos métodos, com curas por ervas, conselhos e água de fontes. Acredita-se que seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf. Em 1897, diria: "Eu nasci no mar, criei-me em Buenos Aires e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, sem pousar na casa de outros. Vi-o claramente". Há controvérsias sobre seu desaparecimento, segundo alguns historiadores, ocorrido por volta de 1900, e segundo outros por volta de 1907 ou 1908. A semelhança entre os dois primeiros monges é tão grande que o povo os considerava um só. Num dos seus retratos da época há a legenda “João Maria de Jesus, profeta com 188 anos”. O terceiro monge, José Maria, surgiu em 1911 no município de Campos Novos (SC) e foi, segundo alguns historiadores, um ex-militar. De acordo com um laudo da polícia de Vila de Palmas, no Paraná, seu verdadeiro nome era Miguel Lucena de Boaventura, um soldado desertor condenado por estupro. Dizia ser irmão do primeiro monge e adotou o nome de José Maria de Santo Agostinho. Utilizava, também, os mesmos métodos de cura dos anteriores, mas, ao contrário do isolamento, organizava agrupamentos, fundando os “Quadros Santos”, acampamentos com vida própria, e os “Pares de França”, uma guarda especial formada por 24 homens que o acompanhavam. A região onde atuava era palco de disputas por limites e, sob a alegação de que o monge queria a volta da monarquia, foi pedida a intervenção do Governo Estadual de Santa Catarina, o que foi entendido como uma afronta pelo Governo do Paraná, que enviou uma força militar para a região. A força militar chefiada pelo coronel João Gualberto Gomes de Sá invadiu o “Quadro Santo” de Irani (SC), quando morreram em combate, em 1912, o monge João Maria e o coronel, o que determinou o fim do ciclo dos monges e a eclosão franca da Guerra do Contestado. Há diversas lendas sobre seu desaparecimento. Conta uma delas que ele terminou sua missão no morro do Taió (SC), outra que morreu de velhice em Araraquara (SP), ou que foi encontrado agonizante próximo aos trilhos da estrada de ferro perto de Ponta Grossa. A crença mais difundida é, no entanto, que não teria morrido. Após jejuar por 48 horas no morro do Taió, o monge teria sido levado por dois anjos para o céu. Em outra hipótese, seu corpo teria se envolvido em luz tão forte que o fez desaparecer, deixando uma marca vermelha no chão, que os incrédulos confundiam com sangue. (Fonte:wikipedia; AURAS, Marli. Guerra do Contestado - A organização da irmandade cabocla. [S.l.: s.n.], 2001. ISBN 4. ed.; FACHEL, José Fraga. Monge João Maria, Recusa dos Excluídos. [S.l.: s.n.], 1997. ISBN In “Ô Catarina!”, nº 21, pp. 12-13; CARNEIRO JR, Renato.. O Monge da Lapa: um estudo da religiosidade popular no Paraná. [S.l.: s.n.], 1996. ISBN In: página da SEEC - Paraná da Gente, caderno 3)

Acampamento de exploração, na Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande do Sul, 1907. (Foto enviada por Ruth Heyse, acervo de Jovino Christiano Heyse) 



Fotos que retratam o Início da colonização e da constituição da Colônia Lucena, depois Itaiópolis, Santa Catarina. Histórico: O governo Federal no período do Marechal Deodoro da Fonseca, com interesse de ocupar mais efetivamente e desenvolver a região subordinada à jurisdição do município de Rio Negro, criou a Colônia Federal Lucena. A antiga Colônia Lucena foi, assim, uma das primeiras 20 colônias polonesas de Santa Catarina. O nome de ‟Lucena„ é uma homenagem ao Barão de Lucena (Henrique Pereira de Lucena), político e magistrado brasileiro, nascido em Pernambuco, e que foi presidente das províncias de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul, e foi também ministro da Fazenda, Obras Públicas e da Justiça, além de amigo pessoal do Marechal Deodoro da Fonseca, do qual era compadre. A Colônia tinha uma área de 12.000 hectares, divididas em 500 lotes, destinados a colonizar e produzir. Os imigrantes recebiam o seu lote e tinham longo prazo para quitar a sua dívida com o Estado. Apesar de alguns autores estabelecerem uma data para a fundação da colônia, não há um consenso quanto ao assunto. Conforme observa Rodycz (2002), o historiador Oswaldo Cabral afirma que os primeiros colonos derivam da Rússia, Polônia e Inglaterra. Entretanto, Rodycz discorda do historiador, destacando que a maior parte dos colonos era de descendência polonesa e que não existiam ingleses entre eles. Como aponta Andruchewicz (2007), as famílias de João Reichardt, José Wiergenawski e João Becker são consideradas as primeiras habitantes a chegar à Colônia, por volta de 1889. (Fontes: VICENTE FILHO, Ronaldo Guimarães. As inter-relações entre o cultivo do trigo e as manifestações culturais em Itaiópolis / SC. Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro: 2012. In http://novoportal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Disserta%2Bº%2Búo%20Ronaldo%20Guimar%2Búes%20Vicente%20Filho.pdf; CABRAL, O. História de Santa Catarina. Florianópolis: Laudes, 1970. PIAZZA, W.F. A colonização de Santa Catarina. Florianópolis: Lunardelli, 1994; ANDRUCHEWICZ, Baltasar. Levantamento Histórico dos Moinhos Artesanais do Município de Itaiópolis. Relatório final de pesquisa apresentado ao fundo de Apoio à Pesquisa, Universidade do Contestado – UnC. Mafra/SC, 2007; RODYCZ, Wilson Carlos; SCHALINSKI, Adalberto. Colônia Lucena, Itaiópolis: crônica dos imigrantes poloneses. Braspol, 2002; Fonteda foto: Roteiros nacionais de imigração Santa Catarina. Dossiê de Tombamento. In http://novoportal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Disserta%2Bº%2Búo%20Ronaldo%20Guimar%2Búes%20Vicente%20Filho.pdf).

Foto compartilhada da página de Celso André Woiciechovski Jacare. Necessita comprovação de data

Foto de meados de 1900 que mostra a primeira turma de alunos de Itaiópolis, Santa Catarina. Em se falando de escola, é importante destacar o nome de Romão Wachowicz, que foi um dos primeiros professores do município. Romão é o pai de Ruy Christovam Wachowicz, nascido também em Itaiópolis, em 1936, e falecido em 2000. Ruy foi professor e doutor em História, tendo lecionado na UFPR e PUC-PR, como também era um famoso historiador brasileiro do Estado do Paraná, tendo ocupado a cadeira n. 10 da Academia Paranaense de Letras - um orgulho para Itaiópolis. (Foto do Acervo do Jornal Eldorado, Foto cedida por Raquel Schultz - Restauração e texto de Luiz Rubens Karasinski)



Itaiópolis, Santa Catarina, provavelmente em 1915. Fotografia enviada por Celso Andre Woiciechovski Jacare. Provavelmente a foto é do início do século, porém não há certeza da data. Caso alguém conheça detalhes para garantir a datação, gostaríamos que nos fornecesse. Percebe-se que o Clube 16 de Abril, que foi construído por volta de 1918, ainda não existia... e já existia a Casa Buba, que foi construída em 1889. À esquerda, a casa de dois andares é o antigo Hotel Nieczkaz.















Fonte: https://www.facebook.com/pg/itaiopolissw/photos/?tab=album&album_id=1716785718585541

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