quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Fotos de 1800 até a década de 1920-Parte 2

Uma foto rara tirada por Álvaro Gery Kamienski, em meados da década de 1910, que mostra um trecho da Rua Nereu Ramos entre o atual Hotel Venturi e o Banco do Brasil, em Itaiópolis, Santa Catarina. Além do antigo prédio do Hotel Venturi, pode-se reconhecer a casa ao lado de Germano Wünche e o Hotel Engel, que ficava ao lado do atual prédio de Flávio Rech. Interessante é que, próximo à atual Loja Bandeirantes, a rua seguia para duas direções (esquerda e direita) e tinha grama plantada no final. (Acervo família Karasinski, foto cedida por Lora Köcker Omar, restauração e texto de Luiz Rubens Karasinski) 



Foto de meados de 1915, tirada em frente ao antigo prédio da Prefeitura de Itaiópolis, Santa Catarina, já demolido. Provavelmente, essa reunião tenha ocorrida em um dos anos seguintes após a criação do município, em 1909, cujo centenário foi comemorado em 2009. Interessante notar que, devido ao rebaixamento da Av. Getúlio Vargas, algumas das portas foram transformadas posteriormente em janelas. A faixa horizontal de enfeite da fachada de frente ainda permaneceu até os últimos dias do prédio. Entre os políticos reconhece-se Paulino Karasinski, sentado na calçada, terceiro da esquerda para a direita (com chapéu e de bigode). Como vereador de Itaiópolis na época, Paulino foi um batalhador pela emancipação do município, luta essa que para ele acabou pouco tempo depois, em 1919, quando faleceu. Sentado na frente no banco do trole, o mais alto é Francisco Flenik, avô de Ana Nely, que nos cedeu essa foto. Francisco nasceu na Polônia, em 29.09.1877 e faleceu em 19.07.1933, em Curitiba, na Santa Casa, e está sepultado em Alto Paraguaçu. (Foto e identificação de Ana Nely Flenik Karasinski Ostetto - Restauração e texto de Luiz Rubens Karasinski)


Uma foto raríssima de Itaiópolis, Santa Catarina, entre 1910 e 1920, que foi tirada da janela do sótão da casa de tijolinhos à vista, existente ainda hoje, em frente ao Supermercado Furtado (um pouco mais acima), que pertenceu a Francisco Flenik, avô de Ana Nely. A rua que aparece é a atual Nereu Ramos, com apenas um punhado de casas. Bem ao fundo, na direção da 1ª casa, da direita para a esquerda, com janela no sótão, pode ser vista a igreja de Itaiópolis que estava em construção, sem torre. É possível que essa foto tenha sido tirada numa manhã de geada, pelas nuanças cinzentas existentes nos telhados e na vegetação. É uma imagem para a posteridade! (Foto e identificações de Ana Nely Flenik Karasinski Ostetto - Restauração e texto de Luiz Rubens Karasinski)


Uma foto raríssima tirada por Álvaro Gery Kamienski em meados de 1910, em Itaiópolis, Santa Catarina, onde aparece, no lado direito da foto, em maior destaque, com mais de um andar, a casa que nas últimas décadas pertenceu a Francisco Wielevski, em Itaiópolis. Essa casa inicialmente pertenceu a Francisco e Edwirges Wagner Sternadt. Edwirges era uma das filhas de Karl Frederick Wagner e Marie Anna Koppe Wagner. Karl Frederich Wagner foi o fundador da Seção Wagner. Também aparecem outras casas que ficavam aos arredores da serraria CICI. (Foto cedida por Lora Köcker Omar - Lóli, restauração e texto de Luiz Rubens Karasinski)

Uma foto tirada em 1910 que mostra no centro a Fábrica de Bebidas Gery, em Itaiópolis, fundada por Álvaro Gery Kamienski. A residência de Gery aparece também à esquerda da fábrica. No primeiro plano aparece um terreno onde, pouco mais abaixo, ficava o "tanque das Buba", como era conhecido, em que gurizada pescava e tomava banho nas tarde quentes do verão. (Foto cedida por Lora Kocher Omar - Restauração de Luiz Rubens Karasinski)


Interior de Itaiópolis, Santa Catarina, em data indeterminada, Provavelmente início do Século XX. Necessita datação. Fotografia enviada por Ivete Schelbauer
Guerra do Contestado. Uma foto raríssima de meados de 1916, que mostra as tropas da Guerra do Contestado (1912/1916), quando estiveram em Itaiópolis, Santa Catarina, e passaram pela carroça de Paulino Karasinski (indicado na foto com uma flecha), vereador na década de 1910/1920. O local é a atual Av. Getúlio Vargas, na altura onde ficava o Restaurante Fioravante. No canto superior direito, aparece entre as árvores a casa de Paulino, hoje já demolida, a Casa da 1ª Missa de Itaiópolis. Isso é memória... isso vai ficar para sempre! (Foto e informações de Ana Nely Flenik Karasinski Ostetto - Restauração e texto de Luiz Rubens Karasinski)

Fotografia relativa ao acordo firmado entre os governadores Felipe Schmidt (SC) e Afonso Camargo (PR), por intermédio do Presidente Wenceslau Braz Pereira Gomes, estabelecendo os limites atuais entre os dois estados. O acordo foi assinado no Palácio do Catete, em outubro de 1916. A importância desse evento para a cidade de Itaiópolis, Santa Catarina, é o estabelecimento definitivo do estado ao qual a cidade pertenceria a partir daquele momento. Histórico: Santa Catarina foi desmembrada de São Paulo em 11 de agosto de 1738 pela Coroa Portuguesa, formando uma nova capitania, a Capitania Real de Santa Catarina, cuja capital era então o povoado de Nossa Senhora do Desterro, fundado pelo bandeirante paulista Francisco Dias Velho em 1673, e nasceu com o objetivo de ser uma base de apoio aos enfrentamentos militares com os espanhóis. A criação da capitania tinha administração própria e um comandante militar que também atuava como governador diretamente subordinado aos vice-reis do Brasil, e entrava então em cena o Brigadeiro José da Silva Paes, escolhido para ser seu primeiro governante. Santa Catarina passou a ser, oficialmente, a partir de 1739, o posto mais avançado da soberania portuguesa na América do Sul. O povoamento do planalto serrano, porém, foi diferente da do litoral catarinense na sua composição de recursos humanos. As escarpas serranas, densamente cobertas pela Mata Atlântica, junto com os povos indígenas, representavam sérios obstáculos para o povoamento da região. A ocupação se deu através do comércio de gado entre o Rio Grande do Sul e São Paulo já no século XVIII, fazendo surgir os primeiros locais de pouso. Em 1853 começou a disputa de limites entre Santa Catarina e Paraná, quando este último se desmembrou de São Paulo e firmou posse sobre o oeste catarinense. Com a constituição de 1891, foi assegurado aos Estados o direito de decretar impostos sobre as exportações e mercadorias, como também indústrias e profissões, o que acirrou ainda mais a questão dos limites, pois a região que compunha o norte catarinense era rica em ervas. Em 1904, Santa Catarina teve ganho de causa perante o Supremo Tribunal Federal, mas o Paraná recorreu perdendo novamente em 1909 e 1910. Porém a discussão não findou, e foi resolvida apenas em 1916 quando os governadores Felipe Schmidt (SC) e Afonso Camargo (PR), por intermédio do Presidente Wenceslau Braz Pereira Gomes (15/11/1914 a 15/11/1918), assinaram um acordo estabelecendo os limites atuais entre os dois estados. (Fonte: http://www.usinasaltopilao.com.br/imprensa/boletim_tec_2.pdf; fonte da foto:http://www.ivopitz.pro.br/?arquivo=texcontestado)


Fonte: https://www.facebook.com/pg/itaiopolissw/photos/?tab=album&album_id=1716785718585541

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